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ABC Paulista tem opções variadas para tirar qualquer pessoa da rotina

Foto: Divulgacao

ABC Paulista tem opções variadas para tirar qualquer pessoa da rotina

As cidades do ABC Paulista possuem diversas atrações para quem deseja sair um pouco da rotina, desde esportes radicais a pesca e artes marciais. Nesta edição, a equipe se aventurou pela região e visitou os seguintes locais:

  • Rapel na antiga pedreira Félix
  • Tatame fixo do CTE Mario Chekin
  • Pesqueiro Yogui
  • Porcelanas Kojima

Aventura nas alturas

Em Rio Grande da Serra, uma pedreira desativada possui um paredão natural de mais de 640 metros de comprimento e 70 metros de altura que é excelente para a prática de rapel e escalada.

Considerada a maior da América Latina, a pedreira iniciou suas atividades nos anos de 1920, quando a área foi comprada pela Prefeitura de São Paulo com o intuito de baratear custos de obras por meio da utilização das pedras do local. Dela foi retirada matéria-prima para a pavimentação da Avenida Paulista e da Rodovia Anchieta, por exemplo.

Imagem de Rio Grande da Serra a partir do mirante da pedreira — Foto: Ricardo Hiar/TV Globo

Imagem de Rio Grande da Serra a partir do mirante da pedreira — Foto: Ricardo Hiar/TV Globo

Embora tenha sido bastante explorada no passado, a estrutura e seu entorno permanecem bastante preservados. Em meio à mata atlântica, a região tem ar de boa qualidade, o que pode ser observado pela presença de líquens nas árvores, que são fungos sensíveis à poluição atmosférica e utilizados como bioindicadores de qualidade ambiental.

Atualmente, na estrutura do paredão há pontos fixos para a instalação dos equipamentos de segurança que garantem aos rapeleiros a oportunidade de desafiar os limites da gravidade e do próprio medo. Para a prática do esporte há dois pontos de descida e subida, sendo o maior deles com 40 metros de altura.

Devido a sua estrutura, o paredão também é utilizado para escaladas, sendo uma boa opção para o treinamento de iniciantes na modalidade. Em algumas ocasiões, ele recebe ainda tirolesa e praticantes de slackline.

Equipe do Mistura Paulista se prepara para escalar paredão em Rio Grande da Serra — Foto: Felipe Cruz/TV Globo

Equipe do Mistura Paulista se prepara para escalar paredão em Rio Grande da Serra — Foto: Felipe Cruz/TV Globo

Aos finais de semana, o local é mais disputado pelos aventureiros. Portanto, o indicado é reservar o passeio com antecedência e com algum instrutor credenciado. Além disso, apesar de a trilha ser de nível moderado, também é importante fazê-la com um guia para evitar acidentes e complicações durante o percurso.

No topo da trilha há um mirante natural de onde é possível avistar um vale com muito verde e a cidade ao fundo. É raro, devido à tradicional neblina que cerca a região, mas em algumas ocasiões é possível ver até uma parte do mar a partir do ponto mais alto da montanha.

Como a área é isolada e não há comércios por perto, os visitantes devem levar água, protetor solar, e utilizar roupas e sapatos confortáveis.

Maior tatame fixo da América Latina

 

Em São Caetano do Sul, visitamos o Centro de Treinamento Esportivo Mario Chekin, onde está localizado o maior tatame fixo da América Latina.

O espaço concentra oito modalidades de luta: taekwondo, jiu-jítsu, muay thai, karatê, judô, boxe, kickboxing e MMA. Alguns professores o apelidam de “Torre de Babel do bem” porque, apesar de ocorrerem no mesmo local, as artes marciais convivem pacificamente em nome do esporte.

A maior movimentação no CT ocorre às quartas-feiras, a partir das 19h, quando cerca de 900 alunos comparecem ao espaço ao mesmo tempo.

Cerca de 900 alunos podem praticar esportes ao mesmo tempo no tatame — Foto: Fabiano Drone/Divulgação

Cerca de 900 alunos podem praticar esportes ao mesmo tempo no tatame — Foto: Fabiano Drone/Divulgação

O tatame foi inaugurado em junho de 2019 e tem, ao todo, uma extensão de 2.300 m², com quase 1,3 mil blocos de 2m x 1m.

O espaço é bem democrático: pessoas com deficiência e de qualquer idade (desde crianças a idosos) podem participar das aulas. Não há nenhum tipo de limitação. Entre os destaques estão atletas de alto rendimento, como Ícaro Miguel Soares, que já foi vice-campeão mundial no taekwondo, e Caroline Gomes Santos, também conhecida como “Juma do Taekwondo”, que já ganhou medalha de prata no Campeonato Mundial do esporte.

Os professores de jiu-jítsu Marcelo Giunchetti e Ronaldo Santos (conhecido como Nadox) têm uma turma de alunos com deficiência. Por meio da modalidade, os alunos conseguem desenvolver habilidades de socialização.

Uma vila de pesqueiros

Em Mauá é possível encontrar uma área que se difere muito das outras regiões do município: com ruas de terra, muita mata e lagos naturais e artificiais, o Jardim Itaussu abriga pelo menos cinco pesqueiros, que são pontos de lazer e entretenimento para famílias e muito frequentados por visitantes e moradores da cidade.

Além dos tanques de pesca, há piscinas, restaurantes, parque para as crianças e quadras. Existem diferentes modalidades de pesca, que vão desde a pesque e solte, até a pesca para consumo no lar ou no local.

No Yogui, um dos pesqueiros mais tradicionais e antigos de Mauá, o visitante encontra, além da pescaria, gastronomia brasileira com especialidades e peixes diversos.

O lugar surgiu como um espaço para a família dos proprietários e foi crescendo com o tempo. Os lagos já existentes, uma vez que há nascentes na região, foram ampliados e mais tipos de peixes trazidos para garantir a pescaria, até mesmo de quem não entende nada do assunto. Para isso, é preciso pagar uma tarifa que dá direito a passar o dia no local.

Filipe Gonçalves se aventurando na pescaria em Mauá — Foto: Ricardo Hiar/TV Globo

Filipe Gonçalves se aventurando na pescaria em Mauá — Foto: Ricardo Hiar/TV Globo

Conhecemos um pouco dos frequentadores que, em sua maioria, buscam sair da rotina e ter um pouco de tranquilidade em meio à natureza. Apesar do teste de paciência na pescaria, é bem difícil quem saia dessa experiência sem pescar ao menos um peixe.

Tem pescador que prefere não se distrair e opta por pedir uma marmita para almoçar. A ideia é conseguir aproveitar o máximo o tempo disponível. Contudo, para quem quer uma boa experiência gastronômica, o restaurante do Yogui tem pratos muito bem servidos e com preços acessíveis. O destaque é a isca de tilápia, uma das preferidas do público.

Kojima e a arte da porcelana

Mauá já foi um importante polo de comercialização de porcelana, referência por muitos anos nessa área e com diversas fábricas e artesãos que trabalham com tais técnicas. Um dos comércios mais tradicionais do setor ainda tem importantes resquícios na cidade: a Porcelanas Kojima.

Por 61 anos, os fornos da Porcelana Kojima não só aqueceram argila para transformá-la em porcelana, mas também criaram arte e sonhos. A história começa com a vinda de Yasuichi Kojima do Japão. Após receber o convite de um empresário que queria atuar no ramo da porcelana, ele foi trabalhar em São Caetano do Sul.

Além do profissional, vários maquinários vieram da Terra do Sol Nascente para a nova empreitada em solo brasileiro. Kojima ficou sozinho na cidade por cinco anos, até que, ao sair do trabalho e receber uma indenização, comprou uma grande área em Mauá onde instalou sua própria fábrica de porcelanas.

Para colocar em prática o ofício que aprendeu com o pai ainda na terra natal, ele trouxe toda a família para o ABC Paulista. Sua trajetória retrata muito da história da imigração japonesa no Brasil.

Kojima trabalhando na produção de cerâmica em Mauá, aos 89 anos — Foto: Ricardo Hiar/TV Globo

Kojima trabalhando na produção de cerâmica em Mauá, aos 89 anos — Foto: Ricardo Hiar/TV Globo

A tradição, o cuidado e o esmero sempre foram marcas registradas da fábrica. Com peças em expostas atualmente na pinacoteca de Mauá, cada trabalho tem uma narrativa que perpassa o desenvolvimento da Cidade da Porcelana e se espalha pelo país.

Como reconhecimento da importância desse processo, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico de Mauá (Condephaat-Ma) o reconheceu como Patrimônio Imaterial da cidade.

Há quase dois anos, ocorreu a última queima de porcelana nos fornos principais da empresa. A fábrica, que já empregou 26 pessoas, atualmente, é de um homem só, o próprio Kojima. Aos 89 anos, ele, sozinho, ainda prepara algumas peças, separa as encomendas e atende cliente fiéis.

Serviço

Trilha e rapel na antiga pedreira Félix

  • Funcionamento: mediante agendamento prévio
  • Contato: (11) 96521-6689 — falar com Cristopher

Claudio Vieira – Instrutor de rapel

  • Funcionamento: mediante agendamento prévio
  • Contato: (11) 95836-4239

Rapel Roots Aventureiros

  • Contato: (11) 93471-1434 — falar com Michael

Tatame fixo do CTE Mario Chekin

  • Funcionamento: turmas disponíveis de segunda a sexta, nos períodos da manhã, tarde e noite
  • Endereço: Estrada das Lágrimas, 68 — Jardim São Caetano — São Caetano do Sul
  • Contato: (11) 4232-3713

Pesqueiro Yogui

  • Funcionamento: de quinta a terça, das 7h às 16h
  • Endereço: Estrada do Schenk, 597 — Mauá
  • Entrada: paga. Ingressos a partir de R$ 35
  • Contato: (11) 4578-3996

Porcelanas Kojima

  • Funcionamento: mediante agendamento
  • Endereço: Rua Kojima, 80 — Jardim São Gabriel — Mauá
  • Contato: (11) 4576-2058

Por: ByABC com G1