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Alarme Global: A ascensão do lixo eletrônico e a urgência da reciclagem

O avanço tecnológico e a demanda incessante por novos produtos eletrônicos têm levado ao aumento exponencial do lixo eletrônico globalmente. De acordo com a Global E-waste Monitor, uma filial da ONU que monitora esse tipo de resíduo, em 2016 foram gerados aproximadamente 44,7 milhões de metros cúbicos de lixo eletrônico no mundo.

A situação é preocupante, principalmente quando consideramos a presença de metais pesados como Cromo, Cádmio e Mercúrio nestes equipamentos. Estes componentes, se descartados incorretamente, podem contaminar o solo e águas, causando danos irreparáveis ao ambiente e à saúde pública.

Na América Latina, o Brasil é destaque negativo, sendo o maior produtor de lixo eletrônico per capita, conforme indicações do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Em 2019, o país gerou mais de 2 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos.

Por outro lado, a reciclagem surge como uma solução viável e essencial. Processos como a pirometalurgia, hidrometalurgia e biohidrometalurgia estão sendo utilizados para recuperar metais preciosos dos eletrônicos descartados. Além disso, iniciativas de conscientização têm ganhado espaço. No Japão, por exemplo, as medalhas das Olimpíadas de 2020 foram produzidas a partir de lixo eletrônico reciclado.

No Brasil, eventos como a Campus Party têm incentivado a reciclagem por meio da troca de lixo eletrônico por ingressos, promovendo não só a conscientização ambiental, mas também fomentando a cultura da reciclagem entre os jovens.

Este cenário desafia a comunidade global a reconsiderar seus hábitos de consumo e descarte de eletrônicos, com um olhar mais crítico para a sustentabilidade e responsabilidade ambiental.