A pesquisa analisou 10.318 australianos saudáveis acima de 70 anos. A seleção considerou que os participantes não apresentassem comprometimento cognitivo no momento em que fizeram a inscrição no estudo, entre março de 2010 e dezembro de 2014.
Os pesquisadores analisaram os dados a partir do fim do ano passado considerando os riscos de demência em dez anos desde o início do estudo. Os cientistas isolaram outras variáveis como educação, nível socioeconômico, e outros aspectos de saúde.
“Esses resultados sugerem que o engajamento no letramento de adultos, arte criativa e atividades mentais ativas e passivas podem ajudar a reduzir o risco de demência na terceira idade”, diz a pesquisa.
Os responsáveis pela pesquisa indicam que adotar hábitos que estimulem a mente desde a infância contribuem para reduzir a prevalência da doença. Nesse sentido, a educação infantil tem um impacto positivo considerável.
PEQUENOS HÁBITOS
O estudo destaca ainda que a adoção de pequenos hábitos mentalmente estimulantes na velhice é um fator que pode alterar significativamente as perspectivas. “Para os mais velhos, o enriquecimento do estilo de vida pode ser particularmente importante, porque pode ajudar a prevenir a demência por meio de modificações nas rotinas diárias.”
ALTA DE ÓBITOS
Um levantamento inédito feito pelo Estadão com base em dados do portal Datasus, do Ministério da Saúde, revelou em maio que entre 2012 e 2022 o total de óbitos associados a demências aumentou 107% no País, passando de 15,6 mil para 32,4 mil – o equivalente a quase quatro mortes por hora.