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Em visita ao ABC, Lula se cala sobre reformas trabalhistas

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa do evento de posse da nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O presidente Lula (PT) retomou promessas de campanha, como picanha para a população, e xingou o suspeito de hostilizar o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes durante discurso neste domingo (23) em São Bernardo do Campo (SP).

 

Por: ByABC com Folhapress

 

Como foi a visita ao Sindicato:

 

Para Lula, o efeito social do governo anterior ainda é sentido atualmente, com “malucos na rua ofendendo pessoas” e este seria um dos empecilhos, segundo o presidente, para que se viva uma realidade mais “civilizada” no Brasil.

 

  • Compromisso com trabalhador. Lula disse que representa o povo e não o empresariado. “O meu compromisso não é com os banqueiros, não é com os empresários. Eles sabem que o meu compromisso é com o povo trabalhador deste país”, afirmou.

 

  • O presidente também associou o clima exaltado de extremistas com à suposta agressão ao filho do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), em Roma. “Um canalha não só ofendeu ele como bateu no filho dele”, disse.

 

  • A fala de Lula se refere a Roberto Mantovani, investigado pela PF (Polícia Federal) no caso. Segundo o presidente, Mantovani trabalhava para uma empresa alemã e, após o episódio de agressão contra o filho de Moraes, ele teria entregado o nome do empresário ao consulado alemão. “Eu entreguei ele. […] Foi expulso do partido ontem pelo Kassab”, disse em referência ao PSD.

 

  • Picanha e cerveja. Ao criticar a fome de 735 milhões de pessoas no mundo e de 33 milhões de brasileiros, Lula disse que o preço da carne está baixando. “Tem muita gente que não sabe o carinho que o povo tem com a picanha. Mas a picanhazinha no final de semana com a família e uma cervejinha gelada é tudo”, brincou.

 

  • Lula se cala sobre reformas trabalhistas. Mesmo a uma plateia de metalúrgicos, Lula não mencionou antigas promessas, como a revisão da reforma trabalhista, defendida em discurso por Moisés Selerges, presidente eleito do sindicato. Lula preferiu listar realizações recentes, como a equiparação salarial entre gêneros na mesma função e o reajuste do salário mínimo acima da inflação.

 

  • Gleisi alfineta presidente do Banco Central. Presente no evento, coube à presidente do PT e deputada federal, Gleisi Hoffman (PT-PR), cutucar o presidente do BC, Roberto Campos Neto, ao dizer que a categoria metalúrgica também “luta contra os juros altos, contra esse presidente do Banco Central colocado pelo Bolsonaro para sabotar o Brasil”.