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Endividamento familiar: entenda as causas e consequências

Foto: Divulgacao

Endividamento familiar: entenda as causas e consequências – Os brasileiros já estão acostumados com despesas fixas como alimentação, transporte, casa, água e energia. Porém, além disso, sempre há gastos adicionais que podem ser parcelados ou pagos com empréstimo. O Brasil é o país que mais usa o cartão de crédito na América Latina e de acordo com uma pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), em parceria com o portal Meu Bolso Feliz, 52 milhões de brasileiros usam a função crédito no dia a dia. O número de cartões ativos no país é ainda maior, alcançando a marca de 87 milhões, o que resulta em uma média de 1,7 cartões por pessoa.   

Com esse cenário, o número de dívidas tende a aumentar também, pois abre espaço para atrasos no pagamento, um limite não compatível com a renda da pessoa, além de necessidades básicas que podem ser passadas no crédito. Segundo a professora Tcharla Bragantin, coordenadora dos cursos de Administração e de Ciências Contábeis do Centro Universitário Módulo e Faculdade São Sebastião – FASS, o principal motivo dos endividamentos na atualidade é o aumento da inflação e a consequente diminuição do poder de compra das famílias, pois nos últimos meses os itens básicos de sobrevivência aumentaram muito o valor e em contrapartida não houve o acompanhamento do poder de compra.  

Para sair da inadimplência e atravessar a crise, o primeiro passo é verificar custos e despesas fixas e variáveis, sugere Cristiano. Contas de energia, de água, de internet, gás de cozinha, combustível, entre outros, são possíveis de reduzir ou cancelar por um determinado período para enxugar as dívidas e honrar os compromissos mensais. Um outro ponto seria criar uma renda extra, tentando empreender e usar a criatividade para melhorar a situação financeira.   

Tcharla complementa: é fundamental ter organização e planejamento, colocar no papel todas as dívidas, destacando quais são as essenciais e que precisam ser negociadas mais rapidamente, assim como quais são as maiores que exigem uma negociação um pouco mais detalhada. E ainda procurar os credores, instituições financeiras, aproveitar os feirões de negociação e sempre que possível dar preferência para aquelas que têm a negociação com a menor taxa de juros, priorizando a parcela que cabe no orçamento.  

“Para as pessoas que não estão endividadas, essas orientações também são importantes principalmente quando há um planejamento do orçamento familiar. É importante que todos participem da organização para que saibam quais são as reais necessidades financeiras. Não adianta se desesperar se já está endividado. É necessário planejar detalhadamente, sempre que possível buscar uma segunda ou alternativa fonte de renda para complementar a renda. A gente sabe que as famílias, de uns últimos tempos, vêm com um orçamento muito restrito de adaptação ou readaptação na atual necessidade, então essas dicas de organização e de planejamento são extremamente importantes para que esse endividamento possa ser minimizado ao longo dos próximos meses”, conclui. 

Por: ByABC