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Fluminense vence o Boca Juniors e é campeão da Libertadores pela 1ª vez

John Kennedy faz o gol na prorrogação e Fluminense leva a Libertadores. Foto: Divulgacao

O Fluminense é campeão da Libertadores pela primeira vez em seus 121 anos de existência. O nome do clube se junta a tantos outros da Glória Eterna cravados no troféu. É um sabor novo para os tricolores. E deve ser aproveitado até o Mundial da Fifa, de 12 a 22 de dezembro, quando o time do Rio medirá forças, entre outros, com o poderoso Manchester City, de Pep Guardiola. Isso se ambos chegarem à final. A cidade é do torcedor fluminense. O time ganhou do Boca Juniors por 2 a 1 com a prorrogação, após empate no tempo normal por 1 a 1. O Brasil conquista cinco títulos seguidos.

Foi do argentino Cano o primeiro gol da partida. Em um toque só dentro da área, como de costume, o atacante abriu a contagem no Maracanã diante de 69 mil torcedores. Cano tem 35 anos e 13 gols na competição. É o seu artilheiro. Seu gol foi marcado aos 35 de bola rolando. Mas foi o garoto John Kennedy o herói da conquista. Ele marcou um golaço na prorrogação após passe de Keno. No tempo normal, o Boca empatou com Advíncula. O Flu mereceu a conquista. Mas não foi fácil como parecia. O final foi dramático porque Kennedy foi expulso na comemoração do gol. O Rio é do Fluminense. A América é do Fluminense A Libertadores é do Fluminense.

“Eu tinha uma dívida com o Fluminense. O grupo todo está de parabéns, todos no clube. Eu trabalhei. Agora, é só alegria”, disse o lateral Marcelo, que chorou antes mesmo da conquista no banco de reservas. “Nós trabalhamos muito. Quis ficar para conquistar a Libertadores. Vocês não sabem tudo o que está por trás disso”, disse Arias. Diniz ensinou: “Campeão é quem tem dignidade e trabalho com a amor”, disse, batendo no peito de Felipe Melo. O treinador abraçou todos os seus jogadores e foi falando no ouvido de cada um sua alegria e agradecimento.

 

Escola Diniz na decisão

O Fluminense foi um time cauteloso nos primeiros 45 minutos. E assim seguiu. Tinha uma proposta: ficar com a bola. Aos 15 minutos, tinha 82% de posse de bola. Fazia o que queria com ela. Não tinha pressa para nada, como disse Ganso em determinado momento para seus companheiros: “calma, calma”.

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Foi beneficiado nesse enredo pela passividade do Boca, que marcava do meio para trás e não adiantava a marcação por nada. Teve dois contra-ataques mais perigosos antes do gol do Flu. Fernando Diniz mandou seus jogadores controlarem a disputa e foi isso que eles fizeram sob o comando de Ganso e Marcelo, que chorou antes mesmo da conquista. Keno travou boa disputa pela esquerda com Advíncula até ele se mandar para o lado direito e deixar o rival perdidão.

Foi pelo lado direito, com Arias também por ali, e bem, que o Fluminense foi mais forte. A jogada de gol nasceu com Keno antes de chegar a Cano. Keno e Cano. Mortais. Em nenhum momento o Boca fez mais para merecer outra sorte. Teve ainda uma cabeçada de Valentini em Ganso, em disputa antes de escanteio na área tricolor, que poderia ter dado cartão para o jogador argentino. O juiz deixou o jogo correr solto.

Final da Libertadores 2023

BOCA JUNIORS 1 X 2 FLUMINENSE

BOCA JUNIORS: Romero, Advíncula, Figal (Valdez), Valentini e Fabra; Pol Fernández, Ezequiel (Saracchi), Medina (Taborda) e Barco (Langoni); Merentiel (Janson) e Cavani (Benedetto). Técnico: Jorge Almirón

FLUMINENSE: Fábio, Samuel Xavier (Guga), Nino, Felipe Melo (Marlon) e Marcelo (Diogo Barbosa); André, Martinelli (Lima) e Ganso; Arias, Cano e Keno (David Braz). Técnico: Fernando Diniz

Gols: Cano, aos 35 minutos do 1ºT; Advincula, aos 26 minutos do 2ºT; John Kennedy, aos 8 do primeiro tempo da prorrogação.

Cartões amarelos: Figal, Cavani, Kennedy, Keno, Nino, Cano, Zaracchi e Langoni.

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Cartão vermelho: John Kennedy e Fabra

Árbitro: Wilmar Roldan (COL)

Público: 69.232 pagantes

Renda: R$ 31.702.250,00

Local: Maracanã, Rio

Por: ByABC com AE Conteúdo