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PL apresenta auditoria que questiona funcionamento de urnas anteriores a 2020

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, o engenheiro Carlos Rocha e o advogado Marcelo Bessa externaram os resultados da auditoria das urnas eletrônicas utilizadas no pleito de 2022. Foto: Reprodução/Agência Brasil

Por Conexão Política

Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (22), o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, apresentou um documento que traz a conclusão de uma auditoria das urnas eletrônicas contratada pelo partido. Segundo ele, o material encontrou supostas evidências de “mau funcionamento” em alguns modelos mais antigos.

Ao lado do engenheiro Carlos Rocha e do advogado Marcelo Luiz Ávila de Bessa, Valdemar Costa Neto ressaltou que “o relatório não expressa a opinião do PL, mas é resultado de estudos feitos por especialistas.”

Em determinado momento de sua fala, o cacique da legenda afirmou que toda a análise realizada pela sigla foi feita por nomes que possuem formação nas melhores universidades do mundo.

Na ocasião, o engenheiro Carlos Rocha explicou que, ao analisar os arquivos disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após a votação — dentre eles o boletim de urna, o Registro Digital do Voto (RDV) e o log das urnas — a equipe constatou que os modelos de urna anteriores a 2020 mostravam um número inválido, que não possibilitaria associar os registros de atividade ao equipamento físico da urna. “Isso gera incerteza nos dados gerados por essas urnas”, disse Rocha.

Nos modelos mais novos, posteriores a 2020, é dito que o código de identificação da urna aparece de forma correta, de modo que seja possível vincular as atividades registradas a cada uma das urnas.

Outra ocorrência observada, conforme o engenheiro, foram urnas que “travaram”, e precisaram ser desligadas durante o período de votação e, na sequência, ligadas novamente para voltar a funcionar. De acordo com ele, o ato gera uma violação do sigilo do voto do eleitor que estava votando no momento que a urna travou, expondo dados pessoais como o nome completo ou o título de eleitor.

O advogado Marcelo Bessa, por sua vez, alegou que, em razão do relatório técnico, “as inconsistências não permitem atestar que as urnas registraram o resultado eleitoral segundo a vontade dos eleitores”. Ele afirma que isso não é uma evidência de fraude, mas sim de insegurança dos resultados.

Ele também sustentou que nas urnas que apresentaram erros, o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria vencido com 52% dos votos, contra 47% para o presidente Jair Bolsonaro (PL). Enquanto nas urnas mais novas, cujo resultado é certificado plenamente, Bolsonaro teria pouco mais de 51% dos votos e Lula 48,95%.

“Essa discrepância de resultados nos levou a fazer a representação no TSE para verificar a existência do mau funcionamento e aplicar as consequências legais necessárias”, acrescentou, fazendo menção ao processo de representação feita pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na tarde desta terça, solicitação a invalidação dos votos dos cinco modelos de urnas eletrônicas que teriam apresentado “mau funcionamento”.