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Projeto Literatura é o Bixo! promove debate de livro indicado para o vestibular da Fuvest

Biblioteca Guimarães Rosa vai promover, neste sábado (17/6), imersão na obra Nós Matamos o Cão Tinhoso, do moçambicano Luis Bernardo Honwana. Foto: Reprodução

Por: Assessoria de Imprensa

Um dos maiores vestibulares do Brasil, a Fuvest, ligada à Universidade de São Paulo (USP), exige de quem vai prestar a prova a leitura obrigatória de nove obras literárias. E, pensando justamente em como organizar o estudo desses livros, a Secretaria de Cultura e Juventude de São Bernardo promove no próximo sábado (17/6) na Biblioteca Guimarães Rosa (Av. João Firmino, 900 – Assunção) o Projeto Literatura é o Bixo!. que vai debater o livro Nós Matamos o Cão Tinhoso.

A obra, do moçambicano Luis Bernardo Honwana, é considerada um dos maiores clássicos da literatura africana e, pela primeira vez, compõe a listagem de livros da Fuvest. A obra trata, através de contos, de questões existenciais e sociais como a miséria, a invisibilidade na sociedade, o desejo de se encaixar em um grupo social a qualquer preço, a vergonha, a humilhação, o poder e a submissão. Temas universais que se encaixam em muitas realidades, inclusive no Brasil.

“Exatamente por essa questão social de opressão e desigualdade que essa obra está inserida na lista do vestibular. Porque conhecer, refletir e indagar essas condições é fundamental para o desenvolvimento e fortalecimento da cidadania”, diz a professora de Literatura, Andreia Grava. A docente será responsável por guiar os estudantes nessa imersão pela obra de Honwana durante o evento. O encontro será uma oportunidade para, além de receber a orientação da professora, a troca de ideias e ampliação de repertório literário entre os participantes.

Andreia adianta que uma leitura minuciosa das obras exigidas em grandes vestibulares ajuda o candidato a ser mais preciso em suas respostas, algo que conta muito na nota final do estudante. “Acredito que uma leitura atenta, conectada com as situações dos personagens, uma leitura que possa servir de gatilho para compreender as sensações que cada conto propõe é a maneira mais adequada de se extrair as mensagens apresentadas pelo autor”, indica.

Segundo a professora, não há um “modo certo” de apreciar a obra, porém, aquilo que está sendo transmitido pelo autor precisa fazer sentido para os leitores. “A história contada precisa passar pelas sensações desses leitores, para que tudo isso sirva de argumento e justificativa para as respostas do vestibular de maneira coerente e concisa”, ressalta. Por isso, um clube de leitura e ações de debate como o Projeto Literatura é o Bixo! são importantes para contribuir para o pensamento crítico e desempenho desse vestibulando.