Ano eleitoral se aproxima e o Partido dos Trabalhadores (PT) já delineia suas estratégias para ressurgir das cinzas políticas, depois de assistir ao número de suas prefeituras minguar nos últimos anos. Determinados a recuperar terreno perdido, os estrategistas do PT planejam lançar candidatos próprios em pelo menos 12 capitais do país, com foco especial nas posições de vice-prefeito nas principais cidades urbanas, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e Recife.
Em São Paulo, Guilherme Boulos, representante do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), desponta como líder na corrida eleitoral de 2024, de acordo com uma pesquisa do Instituto Datafolha divulgada em 31 de agosto. O deputado federal conquistou impressionantes 32% das intenções de voto dos paulistanos, superando o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que registrou 24%.
Além disso, o PT está engajado em negociações estratégicas visando ocupar os cargos de vice-prefeito em troca de seu valioso apoio à reeleição dos atuais prefeitos do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), e do Recife, João Campos (PSB).
Sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, o PT encara as próximas eleições municipais como uma oportunidade crucial para sua redenção e uma chance de retomar o controle das prefeituras que escaparam de suas mãos nos últimos pleitos. O partido enfrentou um declínio doloroso durante duas eleições consecutivas, em 2016 e 2020.
Há três anos, o PT emergiu das urnas com apenas 183 prefeituras, um número bastante inferior ao apogeu alcançado em 2008 e 2012, quando o partido governava cerca de 600 municípios, incluindo diversas capitais brasileiras. Agora, a sigla está decidida a reverter essa tendência negativa.
Para garantir uma posição vantajosa, o PT planeja definir todos os pré-candidatos até 30 de novembro. O objetivo é proporcionar a esses candidatos tempo suficiente para estruturar suas campanhas de maneira sólida, permitindo que entrem nas disputas eleitorais com força e determinação renovadas.
Por: ByABC
