Segundo dados divulgados pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI), são hoje mais de 523 milhões de assinantes no planeta: veja lista dos mais tocados em streaming no Brasil
Segundo dados divulgados pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI), são hoje mais de 523 milhões de assinantes no planeta: veja lista dos mais tocados em streaming no Brasil
As vendas de formatos físicos como CDs, vinil e DVDs também tiveram aumento nesse período. Não representam volume relevante no montante final, como dizem especialistas, mas cresceram 16,1 % em comparação com o ano anterior. Ao todo, a receita do físico fica em 0,6% do total das receitas da indústria da música. Os CDs tiveram maior crescimento, rendendo R$ 7 milhões (crescimento de 56,5%), seguido pelos DVDs (crescimento surpreendente de 337%) e discos de vinil (com uma produção 28,1% maior que a de 2020, com um faturamento de R$ 2,3 milhões).
O Brasil está em linha de crescimento no setor musical há seis anos, também em virtude da explosão dos streamings. Os valores totais negociados com música, em 2021, batem os R$ 2,111 bilhões, algo como 32% de aumento. O País está em 11º no ranking mundial do IFPI e ainda existe margem para crescimento. Segundo Paulo Rosa, presidente da Pro-Música, entidade que representa produtores de música no Brasil e que ficou responsável pela divulgação por aqui, a fotografia mostra o Brasil seguindo uma expansão mundial. “É o que vem acontecendo nos últimos seis ou sete anos. O streaming se firmou como principal modelo da indústria.” Uma indústria, que, para ele, não é mais indústria. “Melhor chamarmos agora de setor.”
Do outro lado. Alguns artistas da chamada cadeia produtiva, como cantores, instrumentistas e compositores, podem fazer ressalvas ao lerem tais notícias. Afinal, se o mercado cresce tanto, porque o que eles recebem com relação aos direitos autorais pagos pelas plataformas não seguem o mesmo crescimento? Há muitas questões que envolvem a nova realidade, e que ainda não foram explicadas. As companhias digitais não pagam, por exemplo, os chamados direitos conexos, relativos aos instrumentistas que tocaram nas faixas. Paulo diz que, em outros sentidos, os ganhos são maiores. “São muitas questões, mas o mais importante é o fato de, hoje, termos muito mais música sendo tocada e remunerada do que nunca. Cada uma das grandes plataformas conta hoje com certa de 80 milhões de títulos.”
Não há como comparar os dois mundos, segundo o presidente da Pro-Música. “Há artistas que dizem que ganhavam mais no tempo do CD ou do vinil. Isso foi há 30 anos. E os repertórios, quanto mais velho ficam, mais menos pode faturar. Ele não perde importância artística, não é isso, mas passamos por uma mudança de negócios.”
Veja a lista das músicas (e seus respectivos artistas) mais ouvidos em streaming em 2021
- Batom de Cereja (Ao Vivo)
Israel & Rodolffo
- Meu Pedaço de Pecado
João Gomes
- Facas (Ao Vivo)
Diego & Victor Hugo, Bruno & Marrone
- Baby Me Atende
Matheus Fernandes & Dilsinho
- Ele É Ele, Eu Sou Eu
Wesley Safadão & Os Barões Da Pisadinha
- Tapão Na Raba Raí
Saia Rodada
- Arranhão (Ao Vivo)
Henrique & Juliano
- Coração Na Cama
Hugo & Guilherme
- Só Não Divulga
Fernando & Sorocaba, Tarcísio do Acordeon
- Ficha Limpa
Gusttavo Lima
- Disco Arranhado
Malu Universal
- Paradigmas
Jorge & Mateus
- Morena
Luan Santana
- Segue Sua Vida (Ao Vivo)
Zé Neto & Cristiano
- Bipolar
Mc Davi, Mc Pedrinho & Mc Don Juan
- Troca de Calçada
Marília Mendonça
- Quero Ver é Me Esquecer
(feat. Jorge) (Ao Vivo) Os Barões Da Pisadinha
- Esquema Preferido
(feat. Tarcísio do Acordeon) DJ Ivis Independent Artist
- Vida Louca
Mc Poze do Rodo, Neo Beats & Mainstreet
- Lance Individual
Jorge & Mateus
Fonte: Jornal o estado de São Paulo – Por Redação – Julio Maria – São Paulo, SP / Foto Capa: Divulgação / Iara Morselli/ ESTADÃO