A coordenadora de camarins, Ingrid Berger, que trabalha há 20 edições de eventos da Rock World – empresa que gerencia o Rock in Rio e o The Town –, também é a responsável pelos pedidos dos artistas na nova festividade!
“Cada banda tem sua peculiaridade. Por exemplo: esse a gente tem um quiet room, uma sala de silêncio, porque um dos artistas quer meditar e ficar tranquilo antes do show. Também temos uma sala para passar o som, que a gente não vai colocar móvel nenhum, só vão ter os instrumentos para ensaiar antes de tocar no palco”, explicou.
Ela afirmou, também, que muitas vezes os cantores e bandas trazem suas próprias estruturas, tornando-se necessários alguns ajustes nas salas: “Eles trazem muita coisa com eles. Trazem seus guarda-roupas, seus objetos… então a gente fica sempre mudando as coisas”.
O que os artistas pediram?
Ingrid Berger comentou que, no geral, as equipes dos artistas possuem exigências particulares – principalmente em relação à comida. “Esse ano temos muitos vegetarianos e veganos, mais de quarenta; e tem muita gente com alergia, à amendoim, a glúten […] Temos que ficar muito atentos ao menu do catering, para a gente conciliar todos esses pedidos e não ter nada que provoque algum mal-estar em qualquer pessoa”.
Ela destacou, também, alguns pedidos comuns: shakes proteicos, barras de proteína, tequila, diversos tipos de cerveja, água Fiji e mais. No entanto, ela disse que, para a primeira edição do The Town, os artistas não fizeram pedidos extravagantes.
“Realmente não tiveram muitas exigências fora da curva. Já construí sauna dentro de camarim, já vi muitas coisas, mas esse ano as bandas são realmente muito tranquilas”, revelou. “Algumas bandas não pedem quase nada – pedem água, cesta de frutas… e, em contrapartida, têm bandas que pedem bastante coisa. Mas são coisas mais simples”.
Artistas internacionais vs. nacionais
A coordenadora de camarins do festival falou, ainda, sobre as diferenças entre os pedidos dos artistas internacionais e nacionais. De acordo com ela, os pedidos dos artistas estrangeiros são mais difíceis de atender pois, em contraste com os locais, muitas comidas e bebidas não são facilmente encontradas no país.
“Os artistas nacionais pedem muitos sanduíches, muitos salgadinhos, empadinha, bolinha de queijo, pizza, cervejas. Balas, frutas tropicais, brigadeiro, coisas nossas”, disse. oS artistas internacionais vêm com outras coisas. Pedem kombucha, água Fiji, coisas mais diferenciadas, que são mais comuns para eles do que para a gente aqui”.
No entanto, as bandas e cantores nacionais costumam entregar listas mais extensas – já que as equipes de cada um costumam ser maiores, e acompanham os artistas em seus camarins. “Uma diferença que eu falo muito é que os técnicos internacionais não ficam nos camarins, eles ficam no palco. O técnico nacional vem para o camarim para o show”, compartilhou.
Por: ByABC com Tracklist
