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Ultradireitista Javier Milei vence as eleições argentinas

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Ultradireitista Javier Milei vence as eleições argentinas

A Argentina elegeu neste domingo, 19, Javier Milei como novo presidente do país. O deputado ultralibertário teve 55,69% dos votos, 11 pontos percentuais à frente do rival Sergio Massa, que somou 44,30%, aponta a apuração de 99,28% das urnas.

Milei venceu na ampla maioria das províncias do país, incluindo uma vitória expressiva em Córdoba: teve 74% de preferência na segunda região mais populosa do país. O deputado também venceu na cidade de Buenos Aires e quase empatou com Massa na província de Buenos Aires, um forte reduto do peronismo. Ali, teve 49,26%, ante 50,73% do rival.

Economista, Milei se caracteriza por ser um candidato antissistema num país abalado por uma grave crise econômica, onde a inflação chegou a 142,7% nos 12 meses terminados em outubro. Ele promete dolarizar a economia e extinguir o Banco Central argentino para acabar com a inflação, mas amenizou outras promessas no segundo turno, prometendo não privatizar a saúde e as escolas públicas.

Durante a campanha, Milei foi comparado a políticos como o ex-presidente norte-americano Donald Trump e o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro. O futuro presidente argentino define-se como libertário e anarcocapitalista e declarou-se defensor de ideias como a comercialização de órgãos e a livre venda de armas. Durante o segundo turno, criticou o papa Francisco, a quem chamou de comunista.

As propostas do novo presidente

Primeiro, a dolarização da economia, imitando o modelo de outros países da região como o Equador.

Em segundo lugar nas propostas está o fechamento do Banco Central. Milei já defendeu em várias entrevistas que a criação da instituição, em 1935, foi o início de todos os problemas do país.

Terceiro: a redução nos gastos públicos. Nessa linha, Milei quer reduzir o número de ministérios para apenas oito (atualmente são 18 ministérios, sem contar outras agências estatais).

Outra proposta é abolir o limite da quantidade de dólares que um cidadão argentino pode adquirir por mês.

Essas propostas, principalmente a dolarização do país e o fechamento do Banco Central, receberam fortes críticas de outros analistas econômicos.

Por: ByABC com Agencia Brasil e Telam